A hipercolesterolemia é uma condição que se caracteriza pela presença de taxas elevadas de colesterol no sangue, bem acima dos 200 mg/decilitro, o que afeta um quinto da população brasileira, especialmente as pessoas com mais de 45 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia.
O colesterol é, ao mesmo tempo, nosso amigo e inimigo. Em níveis normais, ele é uma substância essencial para o funcionamento de nosso corpo, mas, se ocorrerem níveis sanguíneos elevados, ele se torna um perigo silencioso, que nos coloca sob risco de ter um infarto do miocárdio.
O colesterol é uma substância oleosa que não se dissolve em meio aquoso, como o sangue. Então, ele é transportado no sangue sob a forma de lipoproteínas, que são solúveis em água e podem ser de dois tipos:
* Lipoproteínas de baixa densidade, também chamado de colesterol LDL (low density lipoproteins), ou de mau colesterol;
* Lipoproteínas de alta densidade, também chamado de colesterol HDL (high density lipoproteins), ou de bom colesterol.
Causas e sintomas
O colesterol elevado não provoca sintomas, nem mesmo quando começa a formar placas de gordura nas artérias.
Em geral, a hipercolesterolemia é resultante de uma predisposição genética, ou seja, da herança de alterações nos genes que interferem no metabolismo de gorduras, associada a uma vida sedentária e a uma alimentação pouco saudável, com a ingestão farta e freqüente de gordura animal e do tipo trans, presente em margarinas, biscoitos, salgadinhos, fast food e diversos outros produtos industrializados.
No entanto, algumas doenças também causam níveis elevados de colesterol, a exemplo do hipotiroidismo, da insuficiência renal e de problemas no fígado.
Diagnósticos
O diagnóstico depende da dosagem sanguínea de colesterol total e de suas frações, ou seja, das lipoproteínas de alta e baixa densidade (HDL e LDL), e também dos triglicérides, um outro tipo de gordura presente na circulação, que contribui para aumento do risco cardiovascular quando elevada.
Tratamento e prevenções
O tratamento combina reorientação alimentar, prática regular de atividade física e medicamentos, especialmente as estatinas, que agem diretamente no fígado, o órgão que produz o colesterol, inibindo a ação de uma enzima essencial para a formação do LDL.
As crianças, particularmente, devem limitar o consumo de alimentos que contenham gordura trans, ainda presente em muitas redes de fast food e em diversos produtos industrializados voltados ao público infantil. Já os adultos, além desse cuidado, precisam de parcimônia na ingestão de carnes, leite e seus derivados, preferindo os cortes magros e os produtos lácteos desnatados.
Fontes:
http://www.ahfcolesterol.org
http://www.fleury.com.br
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